Fisiolice - Consultório de Fisioterapia

segunda-feira, 4 de março de 2013

Fisioterapia pode reduzir risco de depressão pós-parto



Serotonina e ativação da área do cérebro responsável pelo afeto explicam a redução




Uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Fisioterapia e publicada na revistaPhysical Therapy, exercícios de fisioterapia podem reduzir as chances de depressão pós-parto. Para chegar a essa conclusão, a universidade recrutou 161 mulheres que tinham dado à luz recentemente. As participantes foram divididas aleatoriamente em três grupos.

O primeiro era composto por 62 delas, que se comprometeram a fazer com seus bebês, uma vez por semana durante dois meses, exercícios físicos orientados por um fisioterapeuta, além de cumprir 30 minutos de aula de educação parental com profissionais da saúde.

O segundo, com 73 voluntárias, recebeu apenas o material escrito de educação. O último, com 26, não teve qualquer intervenção. Todas as mulheres foram avaliadas no início do projeto, após oito semanas e, então, quatro meses mais tarde, tiveram que responder questionários sobre bem-estar, depressão e quantidade de exercícios físicos. 
O número de pacientes identificadas com chance de ter depressão pós-parto foi reduzido em 50%. Já nas que não receberam o acompanhamento fisioterapêutico, os índices não se alteraram.

Nas mães que receberam só as aulas de educação parental, houve pequena redução dos casos, apenas 5%, mas nada muito significativo. 
Para os pesquisadores, isso acontece porque quando mãe e bebê praticam atividades físicas juntos compartilham sentimentos e ativam a área do cérebro responsável pelo afeto e produzem mais serotonina, causando mais prazer na convivência entre eles.

Porém, os médicos alertam para a importância da escolha certa de exercícios para não causar efeitos distintos. 

FONTE: http://www.minhavida.com.br

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Gel à base de células-tronco é esperança para joelhos artríticos


Médicos estão usando um tipo de gelatina feita com base em células-tronco para tratar de joelhos artríticos. Extraídas do sangue de cordões umbilicais doado, as células têm se mostrado aliadas na reconstrução da cartilagem danificada. As informações são do site do jornal britânico Daily Mail. Um pequeno estudo mostrou que um único tratamento trouxe 67% de melhora na reparação da cartilagem, e os pesquisadores acreditam que isso pode se tornar uma alternativa às cirurgias. Dois ensaios clínicos estão em curso para a avalição dos efeitos.
A cartilagem atua como uma amortecedor das juntas, e proporciona uma superfície lisa que permite que os ossos deslizem suavemente um sobre o outro. No entanto, essa camada pode quebrar com o desgaste ao longo dos anos, trazendo dor e inchaço, uma condição conhecida como osteoartrite.
Uma vez danificada, a cartilagem articular nao se renova sozinha facilmente como outros tecidos, se tornando mal irrigada pelo sangue por meio de vasos e nervos. Os tratamentos tradicionais incluem analgésicos, fisioterapia e esteróides, ou, ainda, a substituição parcial ou total dos joelhos. Cerca de 40 mil destes procedimentos levam um ano, mas a esperança é que as células-tronco reduzam este tempo.
As células-tronco são como folhas em branco, e podem se transformar em uma variedade de outras células no corpo. Algumas podem ser encontradadas naturalmente no joelho mas, ao mesmo tempo que podem se transformar em células de cartilagem, elas diminuem com a idade e se tornam menos eficientes, sendo incapazes de combater os danos.
Para superar isso, os cientistas extraem as células-tronco do joelho, aumentam seu número em laboratório e implatam novamente no joelho. No entanto, devido ao número limitado de células-tronco disponíveis, este procedimento parece apenas reconstruir áreas pequenas.
O tratamento mais novo nestes sentido é baseado em células-tronco extraída de sangue de cordões umbilicais doados. Elas são muito mais ativas do que células adultas, e testes feitos com animais mostram que são melhores na produção de cartilagem.
Algumas mães concordam em doar o cordão umbilical após o nascimento para ajudar outras pessoas. As células-tronco são removidas do sangue e depois crescem em laboratório e são transformadas em uma espécie de gel. Os ortopedistas usam técnicas de cirurgia minimamente invasivas para colocar o gel dentro das áreas danificada. 
Os pesquisadores disseram que a técnica pode servir perfeitamente para pacientes mais velhos e também para grandes áreas danificadas.De acordo com Alan Silman, diretor médico do Arthristis Research do Reino Unido, disse que usar as células-tronco como fonte para regereção da cartilagem tem um grande potencial. “Embora a tecnologia ainda esteja um pouco distante do uso na rotina, esta é uma área de pesquisa com atividade substancial que poderia fornecer uma alternativa para a substituição da cirurgia no futuro”, observou.


FONTE: TERRA

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Opostos ao efeito placebo, medo e estresse causam doenças


O efeito nocebo ocorre quando se tem medo de uma doença ou do tratamento a ser enfrentado Foto: Getty Images
O efeito nocebo ocorre quando se tem medo de uma doença ou do tratamento a ser enfrentado
Foto: Getty Images

Ler a bula dos remédios ou pesquisar sintomas na internet pode levar ao perigoso efeito nocebo. Excesso de informação faz com que paciente inconscientemente desenvolva doenças por medo, alerta neurologista.
"A expectativa determina o desenvolvimento de doenças", afirma o neurologista Magnus Heier. Ele também é jornalista científico e estuda a influência do subconsciente nos seres humanos. O que esperamos tem grande influência sobre o desenvolvimento de doenças, diz o especialista. Segundo Heier, podemos criar sintomas ou fazê-los desaparecerem.
Quem lê um artigo que diz que as radiações eletromagnéticas das antenas de celulares provocam doenças pode sentir dor de cabeça mesmo que a antena esteja desligada, afirma o neurologista. Um paciente com câncer pode morrer muito mais rápido caso esteja convencido de que lhe restam apenas poucos meses de vida, mesmo que, de acordo com o diagnóstico, o tumor não esteja mais crescendo. Este é o chamado efeito "nocebo", sobre o qual Heier escreveu um livro.
O medo provoca estresse, e o estresse causa doenças
"O efeito [nocebo] ocorre sobretudo quando se tem medo de uma doença ou do tratamento a ser enfrentado. Os efeitos colaterais ficam, então, muito mais fortes", diz Heier. "Pacientes com câncer começam a se sentir mal quando entram na sala da quimioterapia, porque inconscientemente esperam sentir náusea após a sessão."
Medo significa estresse para o corpo e pode debilitar o sistema imunológico. Assim, o corpo fica mais suscetível a infecções, e surgem dores que não deveriam exisitir, explica o especialista.
Outros estudos confirmam tal fenômeno, como os realizados por médicos das clínicas universitárias de Regensburg e Tübingen. Winfried Häuser, Emil Jansen e Paul Enck publicaram estudos sobre o efeito nocebo entre 1960 e 2011 em todo o mundo, tendo verificado e compilado os resultados obtidos.
Nocebo e placebo
O termo nocebo, em latim, significa "fazer mal," enquanto placebo significa "agradar". Trata-se basicamente do mesmo efeito, só que um é negativo e o outro, positivo. Ambos afetam as pessoas no ponto que elas menos podem controlar: o subconsciente.
Um placebo gera a convicção de que o paciente será ajudado. Muitas vezes, um medicamento que não contém nenhuma substância ativa, como uma simples solução de água com açúcar, tem o mesmo efeito que um medicamento de verdade.
O efeito placebo foi estudado a fundo. Ao ser pesquisado na biblioteca virtual do Ministério de Saúde dos EUA, o termo aparece quase 160 mil vezes. Já nocebo aparece apenas 180 vezes. Na Alemanha, o efeito negativo começou a receber atenção somente nos últimos anos.
Muita informação
"Se detecto em um paciente um leve estreitamento da artéria carótida – nada relevante, apenas um pequeno estreitamento – e faço o diagnóstico, sempre que o paciente tiver uma tontura, vai associá-la ao problema. Todo mundo sente tontura de vez em quando, mas o paciente fica com aquilo na cabeça, o diagnóstico fica ancorado em seu subconsciente," afirma Heier.
Quando alguém tem medo de desenvolver um tumor, talvez não o desenvolva, mas o estresse pode deixar o paciente suscetível a outra doença. O efeito nocebo geralmente ocorre quando recebemos muita informação e não conseguimos ordená-las corretamente, especialmente ao buscar na internet por doenças e sintomas.
Já a bula dos remédios lista todos os possíveis efeitos colaterais, mesmo que alguns raramente se manifestem, ou seja, em algo como um em cada dez mil pacientes. As empresas farmacêuticas são, porém, obrigadas a detalhar todas as possibilidades.
Comunicação eficiente
Quem ficar preocupado ou tiver medo dos efeitos colaterais não deve simplesmente jogar o remédio no lixo ou se autodiagnosticar na internet. O melhor a fazer é consultar um médico, alerta Heier.
No entanto, até mesmo a comunicação médico-paciente pode desencadear medos no paciente, se o médico não for cuidadoso. "Uma conversa pode ter muita influência", afirma Sasa Sopka, anestesista e diretor do centro de treinamento em educação médica da Universidade de Aachen.
O assunto, que já é tema de estudo dos estudantes de Medicina dos EUA há 30 anos, começou a fazer parte do currículo das universidades alemãs somente nos últimos anos. A disciplina Comunicação com pacientes é obrigatória na Universidade de Aachen desde 2005. "Nas aulas, fica claro que se pode alterar ou até influenciar negativamente os pacientes, caso a conversa não prossiga da maneira adequada", diz Sopka.
Não escutar com atenção, não fazer contato visual, não levar o paciente a sério ou intimidá-lo pode ser nocivo. O médico também tem que ter cuidado para não usar um tom negativo e criar desconforto. Tudo isso pode ocorrer devido à falta de tempo, à pressão no trabalho ou porque os médicos querem ser transparentes sobre os possíveis riscos de um tratamento ou operação.
Caso se sinta alguma dor, se deve procurar um médico, enfatiza Heier. Exames preventivos também são indicados. Todo o resto deve ser feito com cautela, pois não se pode subestimar o efeito de bulas de remédios ou diagnósticos médicos na internet sobre o subconsciente

Fonte: Terra
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