Fisiolice - Consultório de Fisioterapia

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dores nas costas?! Aiaiaiai!!!

Tantas dores, infelizmente fazem parte do nosso mundo tão estressante. As dores na região da coluna vertebral são uma das que mais atinge a população.
A coluna vertebral é dividida em 5 partes, são elas: a região cervical (parte posterior do pescoço), a região torácica ou dorsal, onde se articulam nossas costelas, a região lombar, a sacral e a coccígea. Essa estrutura tão importante para o nosso corpo, auxilia na nossa sustentação, além de servir como um estojo ósseo para a medula espinhal.
As dores na coluna podem ser causadas por diversos problemas, mas o principal deles, que mais se observa na clínica do dia a dia, são os desgastes acompanhados dos bicos de papagaio (osteófitos marginais) e as tão cruéis hérnias de disco.
O desgaste natural dos nossos ossos é conhecido com artrose, problema esse que atinge absolutamente todas as pessoas com uma idade mais avançada. Essa doença causa um desgaste nas regiões de contato articular, diminuindo o espaço natural das articulações, formando os tão conhecidos bicos de papagaio, e assim muitas vezes causando dores horríveis em seus portadores.
Já as hérnias discais, são problemas de maior gravidade. Entre cada uma de nossas vértebras encontramos os discos intervertebrais, eles servem de “amortecedores” para nossa coluna. Quando fazemos muita força e movimentos errados, podemos estar gerando uma herniação nesse disco, ou seja, a parte de dentro do disco que é mais “molinha” tende a extravazar, e na maioria das vezes isso ocorre na região posterior da coluna, causando grandes dores no local e também dores irradiadas para as pernas ou braços, dependendo da localização da hérnia.
O tratamento das dores nas costas deve ser feito, de acordo com o problema do paciente, algumas pessoas podem ter problemas intestinais e estes estarem influenciando na região lombar, por exemplo. Por esse motivo, é muitíssimo importante fazer uma detalhada investigação para depois entrar com o tratamento, tendo certeza que não haverá riscos para a saúde do paciente.
Para estes casos citados acima, o tratamento geralmente é feito com medicamentos específicos receitados pelo médico e fisioterapia associada. Em alguns casos de hérnia de disco, onde já houve grande extravasamento do núcleo pulposo (parte molinha), o paciente é indicado à cirurgia.
 Agora se você não tem dores nas costas e deseja evita-las, procure não carregar muitos pesos, nem fazer muito esforço físico, evite o estresse, faça exercícios físicos regulamente e evite fazer movimento onde se flexione muito a coluna, como para pegar um saco do chão, por exemplo, lembre-se que você também tem joelhos e utilize-os para seu auxilio evitando um futuro desconforto em sua coluna vertebral. 

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Incontinência Urinária

Incontinência urinária é toda perda involuntária de urina. Dentre os vários tipos de incontinência urinaria, a de esforço é a mais comum, sendo caracterizada por toda perda de urina durante o esforço físico, como por exemplo, saltar, correr, tossir, espirrar, rir, caminhar, entre outros.
Considera-se que, no mínimo, 40% das mulheres experimentarão pelo menos um episódio de incontinência urinária durante suas vidas. Em pacientes acima de 65 anos, a incidência de incontinência urinária chega a 50%, o que torna um problema de saúde publica.
Parte da nossa micção (ato de urinar) é controlada pelo Sistema Nervoso Central, ou seja, parte essa que nós não somos capazes de interferir, e outra parte que sob nosso controle, por exemplo, a contração da musculatura que interrompe a micção no momento que estamos esvaziando nossa bexiga. A incontinência urinária aos esforços é causada por problemas nessa musculatura, a qual se dá o nome períneo ou assoalho pélvico.
Essa musculatura pode ser prejudicada por vários motivos, dentre eles estão: a gravidez, o parto em si, alguns tipos de fármacos, infecções urinárias, obesidade, dentre outros fatores.
Infelizmente muitas mulheres acabam procurando auxilio, quando o problema já se tornou muito grave, tendo que serem encaminhadas direto para cirurgia. Mas nos dias de hoje, existem tratamentos simples que podem mudar a qualidade de vidas dessas pessoas. A terapêutica conservadora para incontinência urinária é realizada através de técnicas que visam o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, como diversos tipos de exercícios para o períneo ou mesmo a estimulação elétrica para melhor conscientização dessa musculatura.
 As pessoas têm dificuldade em identificar e isolar os músculos pélvicos devem tomar cuidados para aprender a contrair os músculos certos. É típico da maioria das pessoas contraírem os músculos abdominais ou os músculos da coxa, em vez dos músculos do assoalho pélvico. Existem várias técnicas para ajudar a pessoa com incontinência a identificar os músculos corretos. Uma delas é sentar no vaso sanitário e começar a urinar, assim sendo tente parar o fluxo de urina, contraindo os músculos do assoalho pélvico. Repita este procedimento várias vezes até perceber que está contraindo o grupo correto de músculos.
A prática regular de exercícios para a musculatura pélvica além de contribuir para uma melhor consciência corporal pode prevenir estabilizar ou até mesmo reverter quadros de incontinência urinária aos esforços. A fisioterapia através de diversas técnicas e recursos é bastante eficiente, gerando melhor qualidade de vida das mulheres e impedindo a necessidade de intervenções cirúrgicas.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Síndrome Metabólica



Talvez, você nunca tenha ouvido falar neste nome e nem saiba do que se trata, mas, para seu conhecimento, esta é a doença que mais mata em todo mundo. E, infelizmente, se procurarmos entre nossos amigos e familiares, encontraremos alguém que a tenha.
Segundo Dr. Drauzio Varella, “as manifestações começam na idade adulta ou na meia-idade e aumentam muito com o envelhecimento. O número de casos na faixa dos 50 anos é duas vezes maior do que aos 30, 40 anos. Embora acometa mais o sexo masculino, mulheres com ovários poli císticos estão sujeitas a desenvolver a síndrome metabólica, mesmo sendo magras.”
A Síndrome Metabólica se caracteriza por diversos sinais e sintomas, são eles: hipertensão arterial, dislipidemia (colesterol ou triglicérides aumentados), resistência à insulina, circunferência abdominal acima de 100 cm para homens e 80 cm para mulheres e apnéia do sono.
Praticamente todos esses componentes são silenciosos porque muitas vezes não provocam sintomas, mas representam fatores de risco.
Todos os indivíduos que se encaixam nesta sintomatologia correm um sério perigo de desenvolver um problema secundário ainda mais grave como, por exemplo, um AVE (derrame cerebral), um infarto do miocárdio, ou mesmo uma embolia pulmonar. E isso ocorre porque altos níveis de insulina na corrente sanguínea causam danos às paredes dos vasos sanguíneos, podendo levar à formação de trombos e êmbolos que muitas vezes obstruem os vasos, causando esses problemas.
Síndrome metabólica é uma doença da civilização moderna, por esse motivo, busque sempre uma vida saudável, sem sedentarismo, com pouca quantidade de gorduras e açúcares, e o melhor, sem estresse! Caso você tenha identificado algum desses sinais e sintomas, fique alerta e  procure auxílio de uma equipe qualificada para o tratamento.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Síndrome Dolorosa Miofascial


neck and showders pain 1 - neck and showders pain 1
Síndrome dolorosa miofascial (SDM) é uma condição dolorosa muscular regional caracterizada pela ocorrência de bandas musculares tensas palpáveis, nas quais identificam-se pontos intensamente dolorosos, os ponto gatilhos (PGs) que quando estimulados por palpação digital ou punção localizada com agulha, ocasionam dor local ou referida a distância.
Os ponto gatilhos são decorrentes de sobrecargas dinâmicas ou estáticas ocorridas durante as atividades da vida diária e ocupacionais. Podem ser ativos ou latentes. O PG ativo é um foco de hiperirritabilidade sintomático muscular situado em bandas musculares tensas (contraturadas ou enduradas no músculo ou na fáscia) em áreas onde há queixa de dor e que, quando pressionado, gera dor referida em áreas padronizadas, reprodutíveis para cada músculo. A dor é espontânea ou surge ao movimento, limita a amplitude do movimento e pode causar sensação de fraqueza muscular. Os PGs latentes são pontos dolorosos com características similares aos ativos, mas presentes em áreas assintomáticas; não se associam à dor durante as atividades físicas normais. Podem ser menos dolorosos à palpação e produzir menos disfunção que os PGs ativos.
As causas mais comuns de SDM são traumatismos, sobrecarga de músculos descondicionados, descondicionamento físico, estresses prolongados ou sobrecarga da musculatura antigravitária decorrente da adoção de posturas durante a execução de atividades de trabalho ou lazer, acidentes automobilísticos e estresses emocionais. A dor sensibiliza as terminações nervosas livres e o sistema nervoso central (SNC) justificando o fato de os PGs gerarem dor localizada e referida.
Os critérios de diagnóstico são clínicos e dependem do achado de pontos gatilhos e de bandas de tensão, sendo necessário que o profissional seja treinado para identificá-los. Podem ser divididos em maiores - bandas de tensão muscular, dor intensa nos PGs em uma banda de tensão, reprodução da dor à pressão do nódulo doloroso, limitação da ADM decorrente da dor – e menores - evocação da reação contráctil visualmente ou à palpação, reação contrátil ao agulhamento dos PGs, demonstração eletromiográfica de atividade elétrica característica de nódulo doloroso em uma banda de tensão e dor, anormalidade sensitiva na distribuição de um PG à compressão correspondente. O diagnóstico de certeza é firmado quando 4 critérios maiores e um menor são evidenciados. A não identificação da SDM é responsável por numerosos diagnósticos errôneos e insucessos terapêuticos de sintomas dolorosos crônicos, perda da produtividade e aumento de compensações.
Os hábitos saudáveis de vida constituem a base do tratamento da dor músculo-esquelética. A dieta saudável e o sono repousante, além dos exercícios e da atividade física programada são medidas complementares de extrema importância para qualquer programa de reabilitação de doentes com dor neuromuscular crônica.
O tratamento da SDM consiste na inativação dos PGs e a interrupção do ciclo vicioso dor-espasmo-dor. O músculo é o principal efetor da atividade mecânica gerada na unidade músculoesquelética. O músculo relaxado e resistente produz força mais eficiente com menor fadiga, transferindo menor carga às junções miotendíneas e ósteo-tendíneas. Atividade física deve considerar o trabalho de conscientização corporal, com movimentos lentos suaves não aeróbicos do corpo, a propriocepção, a redução dos estresses articulares e musculares e o equilíbrio das cadeias musculares.
Os exercícios e os programas regulares de atividades físicas são fundamentais e constituem a base do tratamento da dor músculo-esquelética crônica, pois melhoram o condicionamento cardiovascular ou muscular, reduzem o número e a intensidade dos PGs e melhoram as medidas objetivas e subjetivas da dor em doentes com SDM e fibromialgia. Devem ser iniciados gradualmente com manobras de mobilização e de alongamento suave, respeitando-se a tolerância dos doentes.
A cinesioterapia visa a aprimorar e a otimizar a atividade mecânica gerada pelos músculos e a proporcionar analgesia, recuperação da expansibilidade tecidual, força, resistência à fadiga e restabelecimento da cinestesia (padrões gestuais fisiológicos) graças à inibição dos fatores irritantes e fisiolimitadores. O procedimento cinesioterápico deve restabelecer a expansibilidade e o comprimento isométrico do músculo e dos folhetos teciduais superficiais.
A massoterapia, o calor superficial ou profundo, a crioterapia, hidroterapia e a eletroterapia podem ser utilizados no preparo para execução de atividades físicas, mas isolados não surtem efeito desejado.
Técnicas de liberação miofascial , liberam músculo e a fáscia e baseiam-se na pressão manual sobre as fáscias musculares, liberando as restrições fasciais.
Após o tratamento dos PGs deve-se realizar estiramento progressivo do músculo para restabelecer a ADM. Os exercícios de reabilitação reduzem a possibilidade de reativação dos PGs e as sobrecargas que sobrepujam a capacidade funcional dos doentes. A longo prazo, a conduta não reside apenas no tratamento dos PGs, mas sim na identificação e modificação dos fatores contribuintes, visto que estes estão relacionados aos aspectos biopsicossociais dos doentes.
Freqüentemente a SDM apresenta recorrência, principalmente quando o diagnóstico etiológico e os fatores precipitantes ou agravantes (mecânicos, posturais, nutricionais, metábolicos, estressores psicossociais e biológicos) não são corrigidos apropriadamente. A estimulação dos bons hábitos, como alimentação balanceada, sono reparador, atividade física regular, relaxamento e diminuição de estressores psíquicos e físicos são fundamentais para prevenir a recorrência dos sintomas.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Quiropraxia

Quiropraxia é uma das áreas da fisioterapia que lida com o diagnóstico, tratamento e a prevenção das desordens do sistema músculo-esquelético que afetam a função do sistema nervoso. A Fisioterapia Quiropráxica objetiva a promoção da saúde através da liberação do fluxo neurológico pleno por meio de ajustes e/ou manipulação, principalmente da coluna vertebral. Surgiu nos  Estados Unidos da América em 1895, tendo como “pai” Daniel D. Palmer.
A palavra por si só já diz bastante sobre o técnica, que significa prática com as mãos (quiro e práxis). As manipulações são realizadas em todas as partes do corpo, incluindo também as vísceras, como fígado, intestino, entre outros.
Pessoas de todas as idades podem se beneficiar do tratamento com a Quiropraxia desde recém-nascido até pessoas de idade bastante avançada. O tratamento, entretanto, é adequado a cada paciente com o emprego de técnicas específicas para cada idade.
Os principais problemas tratados pela Quiropraxia são as dores na coluna lombar, hérnias de disco e dor ciática, dores no pescoço (coluna cervical), dores de cabeça, dores e tensões musculares, problemas nas articulações em geral como: ombro, cotovelo, punho, joelho, tornozelo, restrições à movimentação e doenças relacionadas ao esforço repetitivo (LER/DORTS).
A quiropraxia oferece  alivio rápido (imediato, em vários casos)  aos sintomas, é muito agradável observarmos o paciente que, ao entrar no consultório, mal conseguia andar de tanta dor e, ao sair, estar sem dor ou muito melhor, na grande maioria dos casos. O paciente  refere como se tivéssemos retirado um grande peso da região afetada.   isto ocorre na maioria dos casos, mas, evidentemente,  existem algumas patologias que requerem um tempo maior de tratamento e o paciente mesmo  experimentando  um alívio já na primeira sessão,  necessita de várias sessões para solucionar  o problema por completo.   
A técnica contra-indicada à pacientes com osteoporose grave, grandes desvios da coluna vertebral (escolioses), osteartrose avançada. E deve sempre ser aplicada por um fisioterapeuta que a domine.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Depressão

A Depressão é um transtorno afetivo (ou do humor), caracterizado por uma alteração psíquica e orgânica global, com conseqüentes alterações na maneira de valorizar a realidade e a vida.
A depressão é uma doença "do organismo como um todo", que compromete o físico, o humor e, em conseqüência, o pensamento. Altera a maneira como a pessoa vê o mundo e sente a realidade, entende as coisas e manifesta emoções. Ela afeta a forma de se alimentar e dormir, como a pessoa se sente em relação a si próprio e como pensa sobre as coisas. Não é sinal de fraqueza, de falta de pensamentos positivos ou uma condição que possa ser superada apenas pela força de vontade ou com esforço.
A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor.
Fatores de risco para a doença incluem: história familiar de depressão, sexo feminino (sendo o número de casos entre mulheres o dobro dos homens), idade mais avançada, episódios anteriores de depressão, parto recente, acontecimentos estressantes, dependência de droga.
Existem vários de tipos de depressão são eles:
Depressão reativa ou secundária: surge em resposta a um estresse identificável como perdas (reações de luto), doenças físicas importantes (tumores cerebrais, AVC, hipo ou hipertireoidismo, doença de Cushing) ou uso de drogas. Corresponde a mais de 60% de todas as depressões.
Depressão menor ou distimia: é uma desordem depressiva crônica durando pelo menos 2 anos em adultos e que se manifesta pela presença da síndrome depressiva, onde o paciente consegue funcionar socialmente mas sem experimentar prazer.
Depressão maior ou unipolar : é uma desordem depressiva primária, endógena, e que não tem relação causal com situações estressantes, patologias orgânicas ou psiquiátricas, caracterizando-se por episódios puramente depressivos em períodos variáveis da vida do paciente geneticamente predisposto à doença. Corresponde a cerca de 30% de todas as depressões.
Depressão bipolar ou psicose maníaco-depressiva: é também uma desordem primária, endógena e que se caracteriza por episódios depressivos alternados com fases de mania ou de humor normal, com estados de significativa mudança de humor do paciente. Corresponde a cerca de 10% de todas as depressões.
Sintomas da doença:
§  Ansiedade;
§  Mudanças no humor;
§  Tristeza, preocupação, aborrecimento;
§  Crises de choro;
§  Perda ou ganho significativo de peso, na ausência de regime alimentar;
§  Anedônia: interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina;
§  Distúrbios de sono;
§  Dificuldade de concentração ou na tomada decisões;
§  Desinteresse por sexo;
§  Pensamento de morte e/ou suicídio.
Depressões leves ou mais graves necessitam de tratamento médico, geralmente medicamentoso (com medicações antidepressivas), ou psicoterápico, ou a combinação de ambos, de acordo com a intensidade da doença e a disponibilidade dos tratamentos. Normalmente, os medicamentos demoram de 15 a 30 dias para surtir efeito e além disso, devem durar no mínimo seis meses. Também podem ser indicadas terapias com auxilio de um psicólogo, as quais podem ajudar muito o paciente a se recuperar.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E agora, quando devo usar bolsa de gelo e de água quente para tratar?


Essa parece uma pergunta de resposta muitíssimo fácil, mas ainda existem muitas pessoas que confundem seu uso. E você sabe quando utilizar o recurso quente ou frio para tratar?
É simples, pensemos da seguinte maneira, tudo aquilo que é agudo, ou seja, que apresente inchaço, dor forte, aumento de temperatura local, vermelhidão (rubor) e comprometimento de uma determinada função, devemos sempre utilizar o gelo, pois estes sintomas descritos acima são característicos de uma inflamação, e como toda inflamação haverá um aumento do metabolismo local, e o gelo agirá diminuindo esses sintomas, causando uma diminuição no calibre dos vasos sanguíneos, uma redução do edema e consequentemente da dor.
Agora, os recursos que utilizam calor, como é o caso das famosas compressas quentes, agem de maneira contraria aumentando a atividade do local, então podemos concluir, que esses recursos devem ser usados quando um caso já se tornou crônico, e já não se observa nenhum daqueles sintomas da inflamação descritos acima, você ainda lembra quais são? CALOR, RUBOR, TUMOR (inchaço ou edema) e DOR, dá até para fazer uma rima, não e? Ah, mas também devemos tomar cuidado com o que chamamos de agudo e crônico, pois muitas vezes uma doença crônica como a artrose, pode sofrer quadros de reagudização, por esse motivo devemos sempre nos ater naqueles sintomas da inflamação!

Misturando os recursos
Antigamente as pessoas diziam que não devíamos mexer com “coisas” quentes e frias ao mesmo tempo, mas será que isso é verdade?
Pois não é! Existe uma técnica denominada banho de contraste, e que por sinal é muito eficiente em alguns casos. Essa técnica é feita com baldes de água gelada e água quente, onde o paciente, alterna os banhos, provocando uma “ginástica” vascular, ou seja, uma vasoconstrição e uma vasodilatação. Essa técnica geralmente é utilizada apenas nos membros mais distais como os pés e as mãos e o tempo é corretamente alternado segundo alguns protocolos de tratamento.

Cuidados ao se utilizar o gelo
Para se preparar uma bolsa de gelo, é muito fácil, mesmo que você não tenha em casa uma bolsa adequada, não haverá problemas. Pegue uma sacolinha de supermercado, e observe se ela não está furada, em seguida coloque três copos americanos de água e um de álcool e leve para gelar. Depois de algumas horas sua bolsa de gelo estará pronta! O gelo ficará em forma de flocos, o que facilitará para sua melhor moldagem. Outra coisa, é importante sempre colocar uma toalha sobre a pele e depois o gelo, pois o contato direto pode levar a sérias queimaduras. Deixe as compressas por aproximadamente 20 minutos.
Caso a pele apresente algum tipo de lesão não utilize esses recursos sem prescrição. Pode ser prejudicial para sua saúde.  

Hérnia de Disco

             Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% da população mundial terão em algum momento da vida problemas de coluna.
Nossa coluna é formada por 33 vértebras ao todo, sendo estas divididas por seguimentos: cervical (7vértebras), torácico (12 vértebras), lombar (5 vértebras), sacral (5 vértebras) e  coccígeo (4 vértebras). Entre os três primeiros seguimentos acima citados, podemos encontar os discos intervertebrais que servem de amortecedor para coluna.
Com o tempo e o uso repetitivo, os discos intervertebrais desgastam-se, o que facilita a formação de hérnias de disco, ou seja, a extrusão de massa discal que se projeta para o canal medular através de uma ruptura de sua parede, chamada de anel fibroso.
O problema é mais freqüente ocorre nas regiões lombar e cervical, por serem áreas mais expostas ao movimento e que suportam mais carga.
Os sintomas mais comuns são das hérnias são: parestesias (formigamento) com ou sem dor na coluna, geralmente com irradiação para as pernas ou braços. Quando a hérnia está localizada no nível da cervical, pode haver dor no pescoço, ombros, na escápula, braços ou no tórax, associada a uma diminuição da sensibilidade ou de fraqueza no braço ou nos dedos.
Na região torácica elas são mais raras devido a pouca mobilidade dessa região da coluna. A maioria das pessoas com uma hérnia de disco lombar relatam uma dor forte atrás da perna que  segue irradiando por todo o trajeto do nervo ciático. Além disso, pode ocorrer diminuição da sensibilidade, formigamento ou fraqueza muscular nas nádegas ou na perna do mesmo lado da dor.
O diagnóstico da hérnia é dado através do exame clínico que pode ser feito tanto por um médico como por um fisioterapeuta e confirmado por exames complementares de imagem como: tomografia computadorizada ou uma ressonância nuclear magnética.
Tratamento:
A fisioterapia é o meio mais eficaz de se tratar os problemas da hérnia de disco, utilizam-se para isso técnicas manuais como a quiropraxia ou a osteopatia, mobilização neural, alongamentos, mesas de tração eletrônica, exercícios de estabilização vertebral, exercícios de fortalecimento, propriocepção, entre outros.
Todos esses procedimentos visam melhorar a dor, a parestesia, o grau de mobilidade músculo - articular, diminuir a compressão no complexo disco vertebral, dando espaço para nervos e gânglios, fortalecer e alongar os músculos que sustentam a coluna. E deve ficar claro que a fisioterapia não faz com que a hérnia desapareça, mas trás ao paciente a mesma qualidade de vida sem precisar passar por um procedimento cirúrgico. E vale lembrar que de 10 pacientes que fazem um tratamento conservador CORRETO, apenas 1 deles é submetido à cirurgia. 

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A importância de se alongar

Os alongamentos são exercícios voltados para o aumento da mobilidade de tecidos moles, como os músculos, e subseqüentemente o aumento da amplitude articular de movimento, ou seja, a capacidade de mover um seguimento do corpo. Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por ele e, portanto, maior a sua flexibilidade.
Os nossos músculos podem se tornar encurtados por vários motivos, dentre eles estão: o sedentarismo, as posturas inadequadas, as imobilizações prolongadas com gesso, por exemplo, a dor, as inflamações, os distúrbios musculares, de pele ou vasculares e os bloqueios ósseos, como os famosos osteófitos ou mais popularmente falando os “bicos de papagaio”
Os alongamentos trazem uma serie de benefícios para as pessoas que os realizam, destas podemos citar: a redução de tensões musculares, uma melhor coordenação, prevenção de lesões, principalmente no esporte, uma melhor consciêntização corporal, a ativação da circulação sanguínea e um menor indice de dor muscular no pós-exercício.
Esses exercicios podem ser realizados em qualquer lugar, é recomendado que se faça ao ínicio de cada dia, durante o trabalho, principalmente se ele for muito repetitivo, antes de realizar atividades físicas e ao final delas, para então aliviar as tensões acumuladas durante cada uma dessas atividades.
Existem algumas contra-indicações para o alongamento, como por exemplo, quando há um bloqueio ósseo limitando a mobilidade da articulação, após uma fratura recente, quando há evidências de processos inflamatórios ou infeccioso agudo e sensação de dor, trauma e  grande contratura nos tecidos moles ou então quando já se observa grande hipermobilidade, ou seja, uma mobilidade excessiva.  

Como se alongar
É importante aprender a forma correta de executar esses exercícios, para isso, inicie o alongamento até sentir uma tensão na musculatura sustentando por no mínimo 30 segundos e depois voltando novamente à posição inicial de relaxamento. Os movimentos devem ser sempre lentos e suaves. O mesmo alongamento pode ser realizado várias vezes. E lembre-se qualquer atividade física deve ser feita dentro do limite de cada individuo!

Auriculoterapia


Técnica milenar chinesa, que realiza diagnóstico e tratamento através do pavilhão auricular (orelha). Nos textos antigos, há referencias de que a orelha, assim como as mãos e os pés, mantém relações diretas com todos os órgãos e regiões do corpo através do reflexo cerebral.
Para os chineses, todos os fenômenos do universo encerram os dois aspectos opostos do yin e do yang, estas teorias são empregadas para explicar funções fisiológicas do organismo. Por exemplo uma pessoa mais yin se caracteriza por uma personalidade mais calma, tranqüila e uma pessoa yang, mais agitada, ansiosa, mas devemos lembrar que essa natureza de yin e yang não é absoluta, mas relativa, podendo se transformar em um ou em outro, e está é fundamental para aplicação da técnica.
A auriculoterapia é indicada no tratamento de muitas enfermidades, sendo elas, dolorosas, inflamatórias ou mesmo de caráter crônico. Também muito utilizada para o tratamento de dependências químicas, como é o caso do cigarro ou mesmo do alcoolismo e também para o emagrecimento.
Para sua realização são utilizadas pequenas agulhas auriculares ou mesmo sementes de mostarda, no caso de crianças e pessoas portadoras de diabetes. As agulhas permanecem cerca de 7 dias na orelha, e os pacientes podem levar a vida normalmente, sem se preocupar com elas. Os resultados são aparentes e rápidos dependendo da patologia e da gravidade dos problemas do apresentado.  
Essa terapia deve ser sempre realizada por um profissional habilitado, que tenha pleno conhecimento das patologias e do tratamento a ser empregado individualmente para cada paciente. A técnica pode ser feita em qualquer pessoa, desde crianças até os mais idosos.